História objetiva

Henrique! Com 1 ano e meio, após passar o fim-de-semana com a avó materna, volta falante e olha para o céu:

Cópteo!

– Olha só filho, que legal! Onde está o helicóptero? – pergunta sua mãe.

– Céeeeu! – responde Henrique, animado.

– E o que ele está fazendo?

– Caiu!

– Caiu? E depois?

– Buuuum!

– E agora?

Abô!

E sai andando, bastante satisfeito com o fim da história.


Metaletras

– Mãe, as letras formam as palavras, né? – pergunta Theo com quatro anos e nove meses.

– Sim. – responde sua mãe.

– Mas existe letra dentro das letras, né?

– Como assim?

– Por exemplo, “H”(soletra), “A-GÁ”! Dentro do “H” tem “A”!

letrah

(imagem: portaldoprofessor.mec.gov.br)

Noveleira

No carro com sua mãe, Helena, com 5 anos, escuta no rádio uma música com a palavra “novela”.

– Olha, novela! – diz Helena, empolgada.

– É, novela… – responde sua mãe intrigada. E, querendo entender melhor, pergunta:

– Mas, Lelê, você sabe o que é novela?

E Helena responde muito apropriada do assunto:

– Sei, é um tipo de lã.

Sobre as postagens

As postagens no blog diminuíram, pois precisei concentrar energia em trabalhos particulares e também na publicação do livro, que atrasou, mas deve ser impresso assim que a ComArte/EDUSP finalizar as revisões.

Mas continuo recebendo as histórias, que podem ser enviadas pelo blog ou por email, ok?

Grata,
Maíra

Memória

Theo, 4 anos e 4 meses, conversando com sua mãe:

– Theo, você lembra que a vovó pediu pra você ir lá ajudar a arrumar a casa?

– Lembro, eu nunca esqueço, sabe por quê?


– Por quê?


– Porque ficam passando uns sonhinhos na minha cabeça. Eu sonho até o que a gente vai fazer amanhã.

Sangue e ossos

Theo, continuando suas explorações anatômicas:

– Vamos brincar, pai? – convida o mocinho.

– Theo, o papai não pode brincar agora, porque ele tá com o dente sangrando. – explica sua mãe.

(pausa reflexiva)

– Ô mãe, o dente é feito de osso, osso não sangra!

– Tem razão, mas o dente fica na gengiva e a gengiva dele tá sangrando, porque o dentista mexeu lá e saiu sangue.

(nova pausa)

– E onde fica a gengívia? (coloca a mão) Aqui embaixo dos lábio?