Mil folhas (de queijo)

-Theo, você quer uma pizza de abobrinha ou de quatro queijos? – pergunta o pai para o rapazinho com quatro anos e nove meses.

-Eu quero uma pizza de trinta queijos… não! De quarenta queijos! Aliás, de cinquenta queijos!

E enquanto o pai pensava sobre o que leva um mocinho desse tamanho a dizer “Aliás”, Theo continua:

-Não, de cem queijos!… (para e pensa) … Pai, qual é o último número de todos?

 queijo-546x210crédito da imagem: Africa Studio

A chegada da Primavera

Quando estava na primeira série Amanda levava muito em consideração tudo o que a professora dizia.
Certo dia, no mês de setembro, seu pai disse que eles viajariam e a mocinha, muito preocupada, disse logo:
– Não, pai, a gente não pode viajar!

– E por que não, filha?

– Porque a professora disse que nós temos que nos preparar pra chegada da Prima Velha!

Metaletras

– Mãe, as letras formam as palavras, né? – pergunta Theo com quatro anos e nove meses.

– Sim. – responde sua mãe.

– Mas existe letra dentro das letras, né?

– Como assim?

– Por exemplo, “H”(soletra), “A-GÁ”! Dentro do “H” tem “A”!

letrah

(imagem: portaldoprofessor.mec.gov.br)

Diversas do Gael

O Gael nestas últimas semanas anda bastante inspirado e colaborador com o nosso blog:

Em uma conversa com seu pai:

– O Gael é homem.
Eu não sô hóme, eu um elfo!


Na hora do banho:

– Gael qué pamá banho!
– Então vamos! Você está tão sujo que eu vou te colocar de molho no balde! – diz sua mãe.
– Nããããoooo! – exclama Gael e, explicando a razão de seu descontentamento, completa:

– Não pode colocá môio no balde! Só no macauão!

E na hora do macarrão:

Sua mãe cozinhando e Gael sentado no banco, assistindo, sem parar de falar, de perguntar coisas. Em certo momento, ela já estava meio distraída e ele perguntou:
– E esse fogo, mamãe, tá aceso?
– Tá, filho – respondeu a mãe sem olhar.
– Esse, mamãe.
– Tá, filho, tá aceso.
Mas o fogo não estava, ele estava apontando para outra boca do fogão e sua mãe não viu.
Então, ele teve que explicar com mais ênfase:
– Não tá, não! Já ti faêi que não tá, mamãe!

Banho em Caldas Novas

– Mamãe, cadê a vovó Malia? – pergunta Gael.
– Foi viajar, filho. Com a Didi e o vovô. – responde sua mãe.
onde ela foi viajá?
– Pra Caldas Novas.
– Onde é Cazapoba?
– É uma cidade, filho… lá tem água quente.
– A vovó Malia quebô o chuvêio?

 

Entendendo o trabalho da mamãe
 

Depois de ver sua mãe durante uma hora fazendo embalagens para os DVDs dos seus clientes, Gael pergunta animado:

– Mamãe paô de bincá com cola?
 

Descobrindo os temperos da horta
 
– O que é isso, mamãe? É ceboinha? – quis saber Gael.
– Sim, essa aí é a cebolinha. – explica sua mãe.
– Gael pode comê?
– Só quando ela crescer mais. Ainda está pequenininha.
E, com cara de chateado, ele pede:
Aaaaaahhhh, ceboinha! Quésce ógo!


E curtindo a história do ratinho e do morango:
Depois que tomou gosto por histórias e livros, Gael pegou um livro e pediu:
– Mamãe, leia! – exatamente assim, com o verbo no imperativo. 

Um dos livros era aquele do ratinho, do morango e do grande urso. No mesmo dia, coincidentemente, seus pais compraram morangos e, na manhã seguinte, Gael acordou todo feliz e foi correndo abraçar sua mãe.  Ao perceber os morangos na cozinha, com a cara sapeca de quem está contando uma história, ele perguntou:
Selá que o ússo vai pegá nosso moango? Selá?