Nova especialidade médica

Felipe tem 10 anos e é um garoto super esperto, que mora com a mãe, Giuliana, e com a avó, D. Vilma. Um dia, Giuliana, estava com uma dorzinha de cabeça e pediu para a mãe olhar o que parecia ser um inchaço.

Após um exame rápido, D. Vilma diz:

– Você precisa ir ao médico olhar isto.

– Sim, mas em qual médico eu vou? – pergunta Giuliana.

E antes de deixar a avó responder, Felipe interfere:

– Ao Cerebrologista, ué!?

Diversas do Miguel

 Miguel, agora com 2 anos e 5 meses, produziu muitas pérolas este ano. E, claro,  que elas não poderiam deixar de enfeitar o nosso blog…
Meninos e Meninas
– Mamãe, o que é isso?
– É o pinto, filho.
– A mamãe tem pinto?
– Não, filho. A mamãe é menina. O Miguel é menino.
– O papai tem pinto. Igual ao Miguel.
– É. O papai tem pinto. Ele é menino, né, filho?
– Não, o papai é tio. 
Controle remoto inteligente
– Papai, bota Backyardigans?
E o pai, querendo ver um pouco mais do programa a que assistia:
– Onde tem Backyardigans?
– No lugar certo!
 
Memória ou chute?

– Filho, como você nasceu?
– Da barriga da mamãe.
– E como você saiu de lá?
– Pelo túnel.

Chameguinho materno
– Mamãe, zamo ficá bem aganhadinhu?
 

Cinco fases

Assim como a Rita, o João, de quase 7 anos, também se interessa bastante pelos fenômenos da natureza.

Conversando com a sua avó, na volta da escola para casa, ele ouviu:

– Nossa, como a Lua está linda!

E logo concluiu:

– É a Lua cheia, né, vovó?

– Sim, é a Lua cheia. A Lua tem quatro fases e…

– Eu sei! – interrompeu animado e começou a contar nos dedos – Tem a Lua cheia, que é uma bola, a Lua crescente, que é um risquinho para um lado, a Lua minguante, que é um risquinho para o outro lado, a Lua nova, que não parece e… peraí, não são quatro, não, são cinco!

– Não, João, são quatro – explicou sua avó – você já disse o nome de todas, querido.

Mas ele não se conformou e disse com bastante seriedade:

– São cinco, sim, vó, você está esquecendo da Lua de mel!

Telemarketing

A Julia, agora com 7 anos, não recorta mais vestidos, mas adora atender o telefone de casa. Dia desses, sua mãe estava bem ocupada e, quando tocou o aparelho e a mocinha já correu para atender, ela pediu:

– Julia, se forem aquelas pessoas querendo vender alguma coisa, do banco, do cartão etc, fala que eu não estou, tá?

– Tá – respondeu Julia, já com a mão no aparelho.

Quando a ligação começou, a moça do outro lado perguntou:

– Por favor a Sra. Cristiane, aqui é do cartão fulano de tal…

Mas a Julia rapidamente já interrompeu:

– Olha, ela não está!

– Ah, não está? Então você pode chamar a sua mãe, por favor?

E a Julia, muito brava, saiu gritando:

– Manhêêêê, eu disse que você não tava, mas não adiantou nada!

Uma história puxa a outra

O enteado da Manoela, Cauã de 4 anos, quer fazer sempre tudo sozinho. Um dia, quando ele estava colocando leite no copo, seu pai disse:

– Toma cuidado, Cauã, toda vez que você coloca leite sozinho, no finalzinho você derruba leite na mesa.
E o Cauã, respondeu indignado:
– Não! Teve uma vez que eu derrubei no comecinho!

Depois de darem risada, Manoela lembrou de outra hsitória e contou para o marido:
“Quando meu irmão, Caio, tinha 3 anos e fez uma travessura, minha mãe disse:
– Caio, se você fizer isso de novo, eu vou te dar uma surra, que você nunca mais vai esquecer!
Meu irmão ficou muito bravo e saiu dizendo: 
– Eu vou esquecer sim! Você vai ver como vou esquecer!”


O Cauã ouviu a história e achou muito engraçada e pediu muitas vezes: 
– Conta de novo a história do seu irmão?! 
E toda vez rachava o bico. Durante dias. Até que uma vez ele pediu, Manoela contou e Cauã, morrendo de rir perguntou:
– …aiai, Manô… o que é surra?

Diversas do Ian

Nos últimos dois anos, o Ian (hoje com 4 anos e 10 meses) teve boas conversas em casa. Compilando as publicações da TL de seu pai, surgiu uma divertida coletânea por aqui 🙂

O pai do Ian começou a cursar uma faculdade de medicina e ele aproveitou para sanar suas dúvidas:

Mexendo na mão…
-Pai, você já aprendeu na escola de médicos como as partes do corpo ficam coladas?
-Como assim, coladas?
-Ué, meu dedo tá colado na mão, que tá colada no braço. Nunca percebeu, pai?

Tirando uma casquinha do braço…
– Pai, você lá na sua escola de médico já aprendeu a cuidar desse tipo de dodói?

Durante um estudo de neuroanatomia no computador, ele quis saber:
– Pai, o que é isso? É um ‘célebro’?
– Sim, filho.
– Sabe quem gosta de ‘céleblo’? Zumbi.
– Zumbi?
– Zumbi, sabe? Zumbi é como uma múmia. Ele anda assim… (vai andando com as pernas duras e mãos estendidas). A diferença é que zumbi gosta de comer ‘célebro’ e múmia não, só fica dormindo dentro das pirâmides.

Ele também fez algumas gracinhas na hora do banho:
– Já acabou de se lavar, filho?
– Não, falta o bumbum e o pintóvski.

E, num domingo pós viagem, deu seu veredito final:
– Pai, eu queria que amanhã “sesse” outro feriado!

Suas escolhas alimentares foram ecléticas:
– Ian, você vai comer só batata? Não vai comer franguinho? – perguntou o irmão.
– Não, Theo. É que hoje eu virei herbívoro.
– Você sempre vira herbívoro no dia da batata frita, né, Ian?
– É, Theo. Você sabe que eu gosto de ser herbívoro.
– E no dia que tiver lula fritinha?
– Aí eu viro carnívoro. Qual o problema?

E esperando o Pokemon Go carregar… de repente, ele deu um berro:

– OLHA PAI! Tem o meu nome aqui embaixo do balãozinho! Ele sabe que sou eu!

 

Ian passou por uma fase em que falava “Nossa!” para tudo. Um dia, seu pai chegou em casa depois de 12 horas na rua e o pequeno não teve piedade:
– NOSSA, pai!
– Que foi?
– Como você tá fedido!

Na escola, esteve empenhado nos desenhos:
– O que você fez hoje, filho?
– Foi muito legal, cada pessoa podia pintar o que quiser. A minha amiga Diana pintou uma flor!
– E você, Ian?
– Eu pintei uma pessoinha que sonhou que estava dentro do redemoinho de um furacão!

Com 3 anos e 9 meses, voltou do supermercado explicando:
– Oi mãe, olha, eu compLei só tLêis goLoLobas, tá?

Também conversou com o irmão sobre uma música da Marisa Monte:
– Eu não ‘lembo’ a música que a gente está aprendendo para a mamãe, Theo…
– Não é aquela do “Amor Alô Viu?”

 

Também refletiu sobre as relações parentais:
– Pai, vamos brincar de família lobo? Eu sou o filhinho lobo e você é a mamãe lobo.
– Mamãe?
(Ele pensa, diplomático)
– É que lobo não precisa muito de pai, né?

E sobre a organização alimentar:
– Pai, o jantar é um tipo de almoço, não é?

Um dia deixou uma pilha de brinquedos jogados no chão e seu pai perguntou:
– Quem fez essa bagunça?
– Fui eu.
– E quem vai arrumar?
– Pode ser você?

No processo de desfraldamento, anunciou:
– Pai, acho que escapou um xixi…
– Deixa eu ver… é filho, escapou muito.
– Por que escapou xixi?
– É porque você não tá prestando atenção no seu corpo?
(ele pensa)
– Tô sim, pai. Meu corpo tá cheio de xixi.

Com 2 anos e 9 meses, assistiu um jogo de futebol na TV. Seu irmão, Theo, ficou tagarelando ele se esforçou para entrar na conversa, sem muito sucesso. Até que… Theo perguntou:
– Mas o jogo é aqui no clube?
– Não, esse é no estádio do Sport – respondeu o pai, que ainda ía explicar onde fica o estádio, mas foi interrompido pelo pequeno que declarou com muita ênfase:
– Nãããão, é no “estádios unidus”, né, “genti”?!

E, pra terminar, com 2 anos e 4 meses, o pequeno divertiu a família toda com novas pronúncias da Língua Portuguesa:

galinha preta com bolinhas brancas = Galinha Gangola
onde fazemos compras – Fimicado
onde comemos de vez em quando = Vistaulante
o que comemos depois do jantar = Fubimesa
o que não faz bem pra nossa saúde = Pucalía
para subir no nosso apartamento, a gente usa o… Vilador
o que protege os nossos pés = Satapo
objeto que ajuda a enxergar melhor = Lóculos
o que gostamos muito de ouvir aqui em casa = Múcasa
quando estamos cansados, a gente pode… Vilaxá
e podemos deitar na… Alfumada
a mamãe precisa sair pra… Pataiá
antes de ser adulto a gente é… Quilança

O assassinato da formiga

A mãe de Valentina, de 3 anos e 4 meses, andava distraída e pisou em uma formiga.

– Mamãe, você pensou que a formiguinha não vai mais respirar? Que ela morreu?? Que ela não vai mais comer comidinha??? – pergunta a pequena.

A mãe, já emocionada, tenta responder e acalmá-la, mas Valentina continua impassível:

– E que ela tem uma filhinha que não tem mais mamãe!! Você sabia?!!

formigas

 

(história enviada por Jane / imagem: pixabay)