Fuscas, Kombis e dragões

Gael, com 2 anos e 11 meses, traz as suas contribuições do mês… 😉

Brincando com o mouse da mãe:

– Filho, a mamãe precisa do mouse pra trabalhar, me dá aqui, por favor?
– Não, não é mouse, é um fuca! É um fucamouse! Eu uso a vêzi, eu pego e tabáio!
 Sua mãe, logicamente, começa a gargalhar.
– Hahahaha! – gargalha também Gael – Eu também tô filiz, mamãe! É mai egal sê filiz!


Brincando com retalhos do papel 1:

– Mamãe, faz uma Kombi de papel pa mim?
Xi, filho, não sei fazer uma Kombi de papel.
– Coloca óda, assim, sabe, e faz uma Kombi pa mim!
– Filho, eu não sei fazer uma Kombi de papel.
– Ah, então faz uma kombinha!

Brincando com retalhos do papel 2:

– Mamãe, faz um filóte de dagão agóa?
– Espera, filho, tô fazendo outro negócio (ela estava entretida com a Kombi).
A vó interfere:
– Aquele pedaço pequeno ali, ó, é o filhote.

Mas Gael não se satisfaz:
– Não, esse não é tão filóte assim, não! Ele é gande!
– É, ele é adulto, né? – pergunta sua mãe.
– Sim, ele até toma cevêja!

Alta estima (ou “ninguém tem um filho mais leonino do que eu”)

Família brincando no tatame do quarto; um abraça o outro, todos abraçam todos. Theo, com 4 anos e 8 meses em um dia bem humorado, distribuiu muitos beijinhos e abraços entre o pai, a mãe e o irmãozinho. Até que se empolgou e, entre um carinho e outro, declarou animado:

– Adoro você!
– Adoro você!
– Adoro você!
– Adoro eu mesmo!
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Ilustração especialmente feita para o Blog!
Por Ana Saula

Natação lusitana

Amanda, 3 anos indo pra para natação:
– Vamos filha…. Estamos atrasadas…. Olha lá seus amigos já se aquecendo para a aula de natação!
– Mamãe tá frio lá na natação?
– Não filha, a água da piscina é quentinha.
– Então, mamãe, por que meus amigos estão se aquecendo?

Theo, 5 anos e 8 meses, querendo fazer natação:

– Mãe, quando eu vou poder nadar no clube?

– Primeiro a gente precisa pagar a associação, depois você faz o exame médico e aí pode nadar.

– Pra que exame médico?

– Pra ver se tá tudo bem, se não tem frieira… mas você não tem agora, vai poder nadar.

– Ah não, eu tenho sim! Eu tenho muito frio na piscina!! Como faz pra parar com a frieira???

natacaoimagem: pixabay.com

Tênis desamarrado

Hora do recreio. Bruna está amarrando o tênis de Gustavo, quando a professora chega e fala:
– Ai, ai, ai, dona Bruna. De novo amarrando o tênis do Gustavo?! Desde que vocês fizeram parzinho na festa junina que você faz tudo para ele… Desse jeito ele não vai aprender mais nada.
Gustavo olha para a professora com um largo sorriso no rosto e diz:
– É que ela me AMA!!!

Pedágio para viagens





Gael V., com 3 anos, iniciando seu planejamento financeiro:

– Mamãe, vamos pegar o avião para ver a Vale e o Nei? (em Florianópolis).

– Gael, primeiro eu preciso juntar dinheiro para a gente ir. – explica sua mãe.


– Eu tenho dinheiro, mamãe! Eu tenho um pedágio, meu dinheiro tá lá. – responde o mini economista.

Self-service

Lucas é um menino bastante precoce e extremamente inteligente. Alfabetizou-se com quatro anos e meio e, aos cinco, dizia coisas que ninguém acreditava (como perguntar à professora se ela irá distribuir os desenhos “aleatoriamente” para os alunos).
Certa vez, após uma brincadeira de “restaurante”, uma colega de classe perguntou:
– Professora, o que é self-service? 
Antes mesmo de a professora conseguir pensar na melhor forma de responder a pergunta, ele já falou com um tom de “mas isso é tãããõ óbvio”:
– Self-service, oras, você serve-se a si mesmo!

Pérolas do Joaquim

Joaquim tem quase cinco anos e muitas histórias pra compartilhar. Algumas de suas conversas já foram publicadas aqui. Ele também é irmão do Tomás e filho da Anne – querida parceira no Mamatraquinha… E para não sermos acusadas de nepotismo lá na página pública, vou fazer um post “colar de pérolas” pra enfeitar a página do Conversas de Gente Grande 🙂

 

Tatoo

tatoo

 

 

 

 

 

– Mãe, tatuagem não sai?
– Não sai.
– Como você fez para ela ficar aí para sempre?
– Eu fui num tatuador. Ele usa uma maquininha com agulhas, que coloca a tinta dentro da pele.
– Ah. Tá.

(um mês depois)

– Se a tinta está dentro da pele, como ela aparece para fora?

 

Existe pergunta depois da morte…

livros

 

 

 

 

 

– Por que o gato da vovó morreu?
A mãe já deu todas as explicações possíveis.
Ele quer aquela que ela não sabe responder – o que é morte, o que é vida…
então, resignada, ela responde:

– Não sei.
– Então pesquisa.

 

Sem luz, com lógica

escuro

 

 

 

 

 

– Mãe, eu não gosto de escuro.
– Por que filho?
– Porque não.
– Ah, mas “porque não” não é resposta.
– Então, porque sim.

 

Inseminação

sementes

 

 

 

 

 

– Mãe, eu já descobri por onde os bebês nascem!
– Sério filho? Por onde?
– Não é pela vagina, mãe.
– Então sai por onde?
– Pelo umbigo.
– Ah tá.
– Mas ainda não sei por onde entram.
(dias depois…)
– Mãe! Descobri como os bebês chegam nas barrigas das mães!
– Sério filho? Como eles chegam?
– Vocês comem sementes.

 

Irmão com restrição

proibido

 

 

 

 

 

– Joaquim, eu terei outro filho se vc me ajudar a cuidar.
– Tá bom. Mas não pode ser bebê e não pode ser menina.

 

Beatle Monkey

beatles_desenho

 

 

 

 

 

 

 

(foto arquivo pessoal, Anne Rammi)

– E esse é o John…?
– Lennon!!
– Isso meninos! E esse é o George…?
– Curioso!!!!

 

CNV.soquenao

karate

 

 

 

 

 

A mãe em uma tentativa falida de mediação de conflitos:

– Eu vou ter uma conversa muito séria com quem bater E com quem apanhar!

(Cara de mãe, mãozinha na cintura).

– Mamãe, sabia que o Tomás bate E apanha?

(Cara de malandro, dedinho na cara da Anne).

 

imagens diversas: pixabay.com