– ABDIAS COM BERMUDO!!
Theo, com 4 anos e meio, mexendo no pé da avó, que tem Joanete e alguns calos:
– Ihhh, Vó, seu pé não deu certo, hein?
Davi, com quatro anos e dez meses, conversando com sua mãe:
– Mamãe, quando as pessoas ficam doentes existe conserto?
– Para cada tipo de doença, existe um tratamento que “conserta” – explica sua mãe, que também pede: – filho, coloca suas meias que está frio, pra você não ficar doente.
– Não vou colocar! Como eu fico doente? Com gripe?
– Sim.
– Hummmm… – pensou, pegou as meias, pediu ajuda pra recolocar e perguntou novamente: – Mamãe, quando a gente quebra alguns fósseis tem conserto?
(imagem: gartic.uol.com.br)
Tsu é um menino bastante observador, que adora conversar e compartilhar suas opiniões.
Certa vez, quando estava com 3 anos e meio e participando de uma aula de música, ele ficou muito intrigado com o fato do professor estar rouco.
Ao longo das canções, foi ficando inconformado, até que perguntou, já tentando resolver a situação:
– Ô, Tanã, por que você não fala com a voz que é sua, hein?
Gael, com 1 ano e 10 meses, dialogando com sua mãe no meio de muitos brinquedos espalhados:
– Quem fez essa bagunça?
– Gaiéu.
– Então, quem tem que arrumar?
– Mamáin.
As postagens no blog diminuíram, pois precisei concentrar energia em trabalhos particulares e também na publicação do livro, que atrasou, mas deve ser impresso assim que a ComArte/EDUSP finalizar as revisões.
Mas continuo recebendo as histórias, que podem ser enviadas pelo blog ou por email, ok?
Grata,
Maíra
Assim como a Rita, o João, de quase 7 anos, também se interessa bastante pelos fenômenos da natureza.
Conversando com a sua avó, na volta da escola para casa, ele ouviu:
– Nossa, como a Lua está linda!
E logo concluiu:
– É a Lua cheia, né, vovó?
– Sim, é a Lua cheia. A Lua tem quatro fases e…
– Eu sei! – interrompeu animado e começou a contar nos dedos – Tem a Lua cheia, que é uma bola, a Lua crescente, que é um risquinho para um lado, a Lua minguante, que é um risquinho para o outro lado, a Lua nova, que não parece e… peraí, não são quatro, não, são cinco!
– Não, João, são quatro – explicou sua avó – você já disse o nome de todas, querido.
Mas ele não se conformou e disse com bastante seriedade:
– São cinco, sim, vó, você está esquecendo da Lua de mel!
– Por que tá inverno?
– Por que o jacalé é cainívolo?
– Por que a malé tá cheia?
– Por que a Côli tá tão goiducha?
– Por que a Matilda tem rabo?
– Por que não vai chover hoje?
-Filho, melhor deixar essa faca quieta.
-Por que, mae? Será que ela fala?