Um sutil pedido de atenção

Daniel é irmão mais novo da Anninha por parte de pai. Os dois nunca moraram juntos, mas sempre que surgia a necessidade de alguém para ajudar com o pequeno, a irmã mais velha era a escolhida. 


Em uma dessas noites de babysitter, quando ele tinha uns 3 anos, Anninha decidiu levar uma amiga para lhe fazer companhia e Daniel não gostou nada de ter que dividir a atenção. Ele queria desesperadamente brincar e as meninas queriam desesperadamente assistir o último capítulo da novela.


Depois de muitos “vamos brincar!”, seguidos de muitos “schhh!”, e enquanto Anninha e sua amiga não piscavam os olhos em frente à TV, ele decidiu tomar uma atitude mais efetiva e falou:


– Vai começá a brincadera! Vai se iscondi-iscondi! Eu começo!


Correu para o lado da televisão e gritou:
Ponto! Pode olharem!

Tiro ao álvaro no museu

Cauã, com 5 anos e meio, foi ao museu e observou muitas coisas.

– O que você viu no museu? – pergunta sua madrasta.

– Desenhos de gente morta. – responde Cauã.

– Que tipo de desenho?
– Tinha um que… “♪ ♫ de tanto levar, flechada do seu olhar ♪ “… FLECHADA! Ele morreu com 5 flechadas!

(E viva São Sebastião, retratado com flexas no peito).

Cinco fases

Assim como a Rita, o João, de quase 7 anos, também se interessa bastante pelos fenômenos da natureza.

Conversando com a sua avó, na volta da escola para casa, ele ouviu:

– Nossa, como a Lua está linda!

E logo concluiu:

– É a Lua cheia, né, vovó?

– Sim, é a Lua cheia. A Lua tem quatro fases e…

– Eu sei! – interrompeu animado e começou a contar nos dedos – Tem a Lua cheia, que é uma bola, a Lua crescente, que é um risquinho para um lado, a Lua minguante, que é um risquinho para o outro lado, a Lua nova, que não parece e… peraí, não são quatro, não, são cinco!

– Não, João, são quatro – explicou sua avó – você já disse o nome de todas, querido.

Mas ele não se conformou e disse com bastante seriedade:

– São cinco, sim, vó, você está esquecendo da Lua de mel!

História objetiva

Henrique! Com 1 ano e meio, após passar o fim-de-semana com a avó materna, volta falante e olha para o céu:

Cópteo!

– Olha só filho, que legal! Onde está o helicóptero? – pergunta sua mãe.

– Céeeeu! – responde Henrique, animado.

– E o que ele está fazendo?

– Caiu!

– Caiu? E depois?

– Buuuum!

– E agora?

Abô!

E sai andando, bastante satisfeito com o fim da história.