(Pausa dramática).
– Mamãe, pu que sua bunda é gandi?
A Olívia, com dois anos, queria entender o que é trabalhar. Durante a explicação, seus pais disseram que um dia, quando estiver grande, ela provavelmente vai querer trabalhar também.
Depois de pensar quietinha por um tempo, ela olhou para uma enorme torre de telefonia que fica perto da casa (e que até então seus pais achavam horrenda) e disse, com imensa alegria:
– Ah, eu vou trabalhar ali, na torre de botões!
Lia, com 5 anos e 10 meses, batendo uma papo com a Cinderela no telefone de brinquedo:
– Alô?! Ooooooi, Cinder, tudo bem? Como foi o baile? Puxaaaaa, fiquei sabendo que perdeu seu sapatinho, verdade? Já almoçou?
– Nossa, Bebel, você está a cara da sua mãe!
– Não, não, a cara da minha mãe tá aqui!
– Ah, tá. Serve pra fazer assim: cof, cof, cof, né?
O Bruno tinha uns 3 anos quando ganhou uma camiseta do Internacional. O pai, pra valorizar ainda mais o presente, explicou:
– A camisa é oficial e é feita daquele tecido especial, que resfria o suor.
No dia seguinte, Bruno acordou decidido e logo pediu:
– Mãe, hoje eu quero vestir a camisa do Inter. Aquela, a Risfial!
– Não quero pular carnaval, tô engripado! – declara Hari, com 3 anos e 9 meses em um dia de pouca folia.
– Mamãe, faz malabarises?