Paternos

Theo, com 4 anos e 7 meses, durante o café da manhã:

– Sabe, tem gente que é tio e tem gente que é pai.
– É, tem gente que não tem filho, tem gente que tem sobrinho, mas também tem tio que depois de ser tio tem filho e vira pai também – complica sua mãe.
– Mas tem gente que nasceu pra ser tio e tem gente que nasceu pra ser pai. Eu nasci pra ser pai.
(e ponto final! :))

Luca, com 5 anos e 8 meses, viajando com a família:

– O que você quer ser quando crescer, Luca? Piloto? – pergunta sua avó.
– Eu quero ser pai – responde o outro paterninho.

Relaxamento profundo

Theo, com quase quatro anos, começou a fazer um relaxamento antes de dormir. Durante as primeiras vezes, ele escutava sua mãe falar:

– Respira, solta o ar, relaxa a cabeça, o pescoço… relaxa a nuca, as costas, a barriga…

E, a cada dia, mostrou-se mais interessado por novas partes do corpo. Até que quis direcionar ele proprio o relaxamento e lançou:

– Relaxa os olhos, o maxilar… relaxa o osso, o frango…

– O frango? – quis entender sua mãe.

– Ué – mostrando sua coxa – tem o osso e tem o frango!

No dia seguinte, ele foi ainda mais profundo e disse:

– Relaxa o peito, a barriga… relaxa o bumbum, relaxa o furinho…

Multilinguismo

Desde que tinha seis anos de idade, Julia tem aulas de Inglês, Francês e Espanhol na escola.

Agora, aos sete, ela já se arrisca mais com os diálogos e está animada com as novas aprendizagens.

Sabendo de seu gosto por participar, a professora de Francês aproveitou para trabalhar um novo conteúdo, perguntando-lhe:

– Julia, aimes tu l´orange?

Sem pestanejar e muito animada por ter entendido tão rápido o que sua professora queria saber, ela responde:

– Si, je love!!!

Diversas do Lúcio

Lúcio tem dois anos, mas nos surpreende com sua capacidade linguística e com a sensibilidade e delicadeza que permeiam seus comentários…


… na rua, indo para a aula de canto com bebês:
– Oi pombinha, tudo bem? A gente vai pro coral, sabia? Sabia??… Eu sabio!!!


… no Jardim Zoológico, feliz em ver um macaco diferente:
– Olha, um Morangotango!!!


… em casa, com um brinquedo aparentemente quebrado:
– Mamãe, esse não sanfonia?

Nova especialidade médica

Felipe tem 10 anos e é um garoto super esperto, que mora com a mãe, Giuliana, e com a avó, D. Vilma. Um dia, Giuliana, estava com uma dorzinha de cabeça e pediu para a mãe olhar o que parecia ser um inchaço.

Após um exame rápido, D. Vilma diz:

– Você precisa ir ao médico olhar isto.

– Sim, mas em qual médico eu vou? – pergunta Giuliana.

E antes de deixar a avó responder, Felipe interfere:

– Ao Cerebrologista, ué!?

Por favor!!!

Theo, com 1 ano e 8 meses,  já fala pelos cotovelos e quando quer uma coisa não pede, exige!!! (Com muitos pontos de exclamação mesmo). 
Sua mãe (no caso, eu 🙂 já lhe explicou várias vezes que, quando queremos algo, podemos pedir com calma, dizendo “por favor” e esperar pelo tempo da outra pessoa.
Com todas estas explicações, Theo aprendeu a falar o “pofaô” desde 1 ano e pouco, mesmo que aos berros, como quando está com sede e grita: “Ábaaaa!!! Pofaô!!!!
Dia desses, indo para o sítio no carro com seus pais, ele viu um pacote de bolacha de Água e Sal e logo começou:
Acha, mamãe! Acha!! Achaaa!!!
– Calma, Theo, já vou pegar… – respondi ainda com calma.
Acha!! Achaaa!!! Achaaaa!!!! – insistiu Theo, ignorando o pedido de calma.
– Theo, eu não vou dar bolacha nenhuma desse jeito, você sabe muito bem que não precisa gritar e que é para pedir “por favor”, não sabe? Então para de gritar e pede “Acha, por…”
To! Porto, mamãe!!! Oint, oint!
(Fala final com direito a cara de porquinho e tudo, ai, ai, ai…)