Multilinguismo

Desde que tinha seis anos de idade, Julia tem aulas de Inglês, Francês e Espanhol na escola.

Agora, aos sete, ela já se arrisca mais com os diálogos e está animada com as novas aprendizagens.

Sabendo de seu gosto por participar, a professora de Francês aproveitou para trabalhar um novo conteúdo, perguntando-lhe:

– Julia, aimes tu l´orange?

Sem pestanejar e muito animada por ter entendido tão rápido o que sua professora queria saber, ela responde:

– Si, je love!!!

Idioma universal

A Bebel sempre foi conversadeira e, mesmo antes de aprender as palavras da Língua Portuguesa, já se comunicava com longos discursos no idioma dos bebês – o que seus pais batizaram de “bebeiês”.
 
Com dois aninhos e já craque no vocabulário brasileiro, ela viajou com os pais para Paris e se interessou bastante pelo idioma estrangeiro.

Tanto que já na primeira vez que vieram falar com ela em francês, ela respondeu sem inibição algo do tipo:

Badagu Loguiaxi blefxianhiem

E quando sua mãe perguntou o que eles estavam falando, a pequena respondeu com aquela carinha de “como assim? Você não percebeu???”:

Bebeiês, mamãe!

Do contra total

Diálogo na casa da Bebel, quando ela tinha 1 ano e 8 meses:
Mãe: – Bebel, quer passear?
Bebel: – Passear, não.

Pai: – Quer ficar em casa?

Bebel:  – Em casa, não.
Mãe: – Quer dormir?
Bebel: – Dormir, não.
Pai: Quer brincar?
Bebel: Brincar, não.

Mãe: – Mas você só fala não? Fala “sim” também!

Bebel: Sim, não!

Pra que contar carneirinhos?

Theo, com 5 anos, conversando com o pai antes de dormir:

– Boa noite, filho.
– Pai, sabe o que tem dentro da minha cabeça agora?
– O quê?
– Tem uma linha retângula, que tem uns risquinhos e uns números. São duas linhas retângulas uma assim e uma assim (mostra com a mão uma linha vertical e uma horizontal), aí tem os números e eu fico contando, sabe?
– Seeei. Boa noite, filho.
– Boa noite.

Obs: o pai do Theo é programador e a mãe ficou bem preocupada com essa herança genética se manifestando 🙂

mathematics

Imagem: pixabay

(história enviada pelo Mauricio)

 

Tênis poderoso

Luca, com 5 anos e 4 meses, quando ganha um tênis novo, gosta de perguntar:
– Qual o poder desse tênis? Correr muito rápido? Saltar muito alto?
Dia desses, ele ganhou um novo calçado de seu pai e, portanto, quis saber:
– Qual o poder deste tênis?

– De andar longas distâncias sem se cansar! – respondeu o pai orgulhoso.

Mas Luca precisou completar:

– Acho que ele tem também o poder de ser um pouco feio.

Cabeça quente

Theo, com 3 anos e meio, fica bastante suado, principalmente na cabeça. Dia desses ele explicou o que acontece; quando sua mãe lhe perguntou porque ele fica com a cabeça tão quente, a resposta foi:

– É poquê tem muitos pensamentos.

… Em outro dia de muito Sol, seu pai perguntou:

– Theo, o que é calor?

E o pequeno respondeu com facilidade:

– Calor é quando a gente não sente o ventinho, ué!?

Self-service

Lucas é um menino bastante precoce e extremamente inteligente. Alfabetizou-se com quatro anos e meio e, aos cinco, dizia coisas que ninguém acreditava (como perguntar à professora se ela irá distribuir os desenhos “aleatoriamente” para os alunos).
Certa vez, após uma brincadeira de “restaurante”, uma colega de classe perguntou:
– Professora, o que é self-service? 
Antes mesmo de a professora conseguir pensar na melhor forma de responder a pergunta, ele já falou com um tom de “mas isso é tãããõ óbvio”:
– Self-service, oras, você serve-se a si mesmo!