Roxo
A Lúcia é prima do Hugo e, quando tinha uns dois anos, apaixonou-se por uma cor: a roxa.
Certa vez, ela chegou em casa enquanto a avó tricotava algumas roupas e pediu:
– Vó, compra um Palio Weekend roxo?
– Ih, Lúcia. Eu não tem dinheiro pra comprar um carro agora. – responde a avó ainda entretida no tricô.
E, respirando fundo para se conformar, Lúcia então finaliza:
– Tá. Então cutchura uma blusa roxa pra mim.
Festa genial
Artur, com 4 anos e pouco, voltando da “balada”.
– Ahã. Tinha um escorregador e outras coisas do gênio.
100g
Benjamim, além de gostar de sucos, curte também um verdinho na comida.
-Benja o que vc quer comer? – pergunta sua mãe.
– Pão de queijo. – responde Benjamim.
– Pode ser cem gramas?
– Não! Quero com gramas!
Super herói em desenvolvimento
– Mas eu sou um super herói! – responde Bruno, meio indignado.
– É nada… super herói tem super poderes e…
– Eu tenho super poderes!!! – interrompe, mais indignado ainda.
– Você nem consegue voar! Como você é um super herói e não consegue voar??
Após uma breve pausa, Bruno, acha sua resposta e explica, com calma:
Observação apurada
Aula de história, alunos de 13 e 14 anos, capítulo sobre povos indígenas. A professora pede para os alunos observarem as imagens do capítulo, antes de efetivamente iniciarem a leitura. Após 12 imagens observadas, diferentes alunos comentam desanimados:
– Ah, não tem nenhum pelado!
imagem: gartic.uol.com.br
Anão
Enzo, com quase 4 anos, buscando compreender a variedade da nossa Língua Portuguesa:
– ANÃO é um homem pequenininho… então, ASSIM é um homem grandão??
Meu Vizinho!
Sarah, com 2 anos e meio, conversando com os avós na porta de casa:
-Sarah, olha ali o Seu Montoro – diz a avó apontando para o vizinho que se aproxima.
– É meu! MEU MONTOLO! – briga Sarah.
– Não, Sarah, é “SEU”. Seu Montoro é ele.
– É MEEEEEEEU MONTOLO! – não se conforma a mocinha, que já pode bater um “papo pronominal” com o Theo e com a Marina.
(E daria para ficar discutindo horas de quem é o Montoro).
Diversas da Lina 2
Lina, com 3 anos, um pouco brava com alguns alimentos:
– Papai, esta laranja é ogânica! Você gosta?
– Sim, e você?
– Eu não sou ogânica!
…
Com soninho, argumentando com sua mãe:
– Lina, tenta dormir sem chupar dedo, você sabe que não é bom pra você…
– Só mais um pouquinho, mamãe, até acabar!
…
E brincando com um amiguinho, sem medo das coisas da vida:
Sinceridade master
Téo, com 5 anos, foi visitar seu bisavô, que, todo orgulhoso, quis mostrar o quartinho de ferramentas para o bisneto. Durante a visita, o biso perguntou:
– E aí, o que achou, Téo?
E ele respondeu:
– Nossa… quanta coisa velha!
Outro dia, Téo chegou bem na hora da soneca do biso e logo falou:
– Você só nana? Vai trabalhar!

