Bebel, com 5 anos, fez um desenho para sua avó mas, antes de entregá-lo, amassou toda a folha.
Intrigada, a avó pergunta:
– Bebel, por que você amassou a folha?
E a netinha responde:
– Para imitar a sua pele vovó!
O enteado da Manoela, Cauã de 4 anos, quer fazer sempre tudo sozinho. Um dia, quando ele estava colocando leite no copo, seu pai disse:
Theo, com 4 anos e 8 meses, resumindo a História do Brasil:
– Sabe, antes no Brasil só tinha os índios, aí vieram os porCugueses e pegaram a terra dos índios.
– É? – pergunta sua mãe, sem querer atrapalhar o raciocínio.
– É, mas, sabe, os porCugueses não sabiam onde era o Brasil, eles tavam tentando chegar na China e erraram o caminho… (e começa a rir sozinho)… ai, que perdidos!
Assim como a Rita, o João, de quase 7 anos, também se interessa bastante pelos fenômenos da natureza.
Conversando com a sua avó, na volta da escola para casa, ele ouviu:
– Nossa, como a Lua está linda!
E logo concluiu:
– É a Lua cheia, né, vovó?
– Sim, é a Lua cheia. A Lua tem quatro fases e…
– Eu sei! – interrompeu animado e começou a contar nos dedos – Tem a Lua cheia, que é uma bola, a Lua crescente, que é um risquinho para um lado, a Lua minguante, que é um risquinho para o outro lado, a Lua nova, que não parece e… peraí, não são quatro, não, são cinco!
– Não, João, são quatro – explicou sua avó – você já disse o nome de todas, querido.
Mas ele não se conformou e disse com bastante seriedade:
– São cinco, sim, vó, você está esquecendo da Lua de mel!
Tsu é um menino bastante observador, que adora conversar e compartilhar suas opiniões.
Certa vez, quando estava com 3 anos e meio e participando de uma aula de música, ele ficou muito intrigado com o fato do professor estar rouco.
Ao longo das canções, foi ficando inconformado, até que perguntou, já tentando resolver a situação:
– Ô, Tanã, por que você não fala com a voz que é sua, hein?
Gael agora está com 2 anos e 10 meses e fazia tempo que não aparecia aqui no blog. Mas isso não quer dizer que ele tenha parado sua incessante produção de pérolas :). Aqui as últimas amostras produzidas no segundo semestre de 2013 e agora no início de 2014:
Pintando
– Tabe, daquela vez? Eu pintei! – conta Gael.
– Você gosta de pintar? – pergunta seu tio.
– Eu góto!
– E o que você pintou?
– Ah, o papel!
Com um paladar aguçado
– Quéo comê um tizolo!
– O quê, filho?
– Um tizolo!
– Um tijolo???
– Nããão! Aquele de a-ôz com môio!
– Ah, tá, um risoto!
– É, isso, é itôto na vidádi!
Refletindo sobre peixes
– Mãe, o pêsse picisa de asa, né?
– Não filho, é nadadeira!
– Pu quê é nadadeia?
– Pra nadar, filho… quem precisa de asa é o passarinho, pra voar, não é?
– Ma o pêsse já tem nadadeia, agóa ele picisa de asa!
(É, pensando bem…)
– O que é aquio? – pergunta Gael.
– É um escorregador. – responde sua mãe.
– Posso icoegá?
– Pode! Mas você vai sozinho?
– Não, eu sô bunda móni!
As postagens no blog diminuíram, pois precisei concentrar energia em trabalhos particulares e também na publicação do livro, que atrasou, mas deve ser impresso assim que a ComArte/EDUSP finalizar as revisões.
Mas continuo recebendo as histórias, que podem ser enviadas pelo blog ou por email, ok?
Grata,
Maíra