Por favor!!!

Theo, com 1 ano e 8 meses,  já fala pelos cotovelos e quando quer uma coisa não pede, exige!!! (Com muitos pontos de exclamação mesmo). 
Sua mãe (no caso, eu 🙂 já lhe explicou várias vezes que, quando queremos algo, podemos pedir com calma, dizendo “por favor” e esperar pelo tempo da outra pessoa.
Com todas estas explicações, Theo aprendeu a falar o “pofaô” desde 1 ano e pouco, mesmo que aos berros, como quando está com sede e grita: “Ábaaaa!!! Pofaô!!!!
Dia desses, indo para o sítio no carro com seus pais, ele viu um pacote de bolacha de Água e Sal e logo começou:
Acha, mamãe! Acha!! Achaaa!!!
– Calma, Theo, já vou pegar… – respondi ainda com calma.
Acha!! Achaaa!!! Achaaaa!!!! – insistiu Theo, ignorando o pedido de calma.
– Theo, eu não vou dar bolacha nenhuma desse jeito, você sabe muito bem que não precisa gritar e que é para pedir “por favor”, não sabe? Então para de gritar e pede “Acha, por…”
To! Porto, mamãe!!! Oint, oint!
(Fala final com direito a cara de porquinho e tudo, ai, ai, ai…)

Futebol geográfico

O Pedro, com 3 anos e meio, estava em Florianópolis conversando com o Jairo, amigo da sua mãe, e resolveu contar algo que estava acontecendo na sua casa. Para entender melhor, o Jairo pergunta:

– Lá em São Paulo, Pedro?

De repente, ele fica muito bravo e responde:

– Nããão, Xão Paulo, não!

– Ué, mas como é o nome da sua cidade, então? – quis saber Jairo.

Nessa hora a cara feia desaparece, ele abre um sorrisão e diz:

Corinthiaaassss

Japonês!

Ricardo, um nissei de uns 35 anos, passeava por uma bela praia da Bahia, quando encontrou um garotinho que parou embasbacado na sua frente.
Ricardo, então, percebeu que o garoto estava muito interessado nos seus olhos. E perguntou:
– O que foi? Nunca viu um japonês?
E o menino lhe deu um sorriso sincero e respondeu com admiração:
– Só o Jaspion!!!

A casa do irmão

Flavio, com 2 anos e 2 meses, acabou de ter um irmãozinho e já conseguiu aprender muitas coisas com esta nova experiência.
Essa semana, ele resolveu desenhar e falou:
– Você sabe quê qué isso, mamãe?

– Não, o que é? – perguntou sua mãe.

– É pacenta! Eu tô deseando uma pacenta!

– Hã, uma PLACENTA?

– É, era casa do imão. Uma pacenta, uma pacentona!

Últimas do Ian

Ian, com 2 ans e 3 meses, adora balançar e no sítio chega a ficar uns vinte minutos entretido com o vaivém. Em um dia desses, sua mãe perguntou:

– Tá cansado, filho?

E ele respondeu:

– Não, mãe, “tô velaxando”…

 

 

E antes disso, ele declarou animado:
– Mamãe, eu não “xô” neném!

– Não, meu amor, você cresceu, né?

– É! Eu “xô” filhinho!

 

 

Diversas do Ian

Nos últimos dois anos, o Ian (hoje com 4 anos e 10 meses) teve boas conversas em casa. Compilando as publicações da TL de seu pai, surgiu uma divertida coletânea por aqui 🙂

O pai do Ian começou a cursar uma faculdade de medicina e ele aproveitou para sanar suas dúvidas:

Mexendo na mão…
-Pai, você já aprendeu na escola de médicos como as partes do corpo ficam coladas?
-Como assim, coladas?
-Ué, meu dedo tá colado na mão, que tá colada no braço. Nunca percebeu, pai?

Tirando uma casquinha do braço…
– Pai, você lá na sua escola de médico já aprendeu a cuidar desse tipo de dodói?

Durante um estudo de neuroanatomia no computador, ele quis saber:
– Pai, o que é isso? É um ‘célebro’?
– Sim, filho.
– Sabe quem gosta de ‘céleblo’? Zumbi.
– Zumbi?
– Zumbi, sabe? Zumbi é como uma múmia. Ele anda assim… (vai andando com as pernas duras e mãos estendidas). A diferença é que zumbi gosta de comer ‘célebro’ e múmia não, só fica dormindo dentro das pirâmides.

Ele também fez algumas gracinhas na hora do banho:
– Já acabou de se lavar, filho?
– Não, falta o bumbum e o pintóvski.

E, num domingo pós viagem, deu seu veredito final:
– Pai, eu queria que amanhã “sesse” outro feriado!

Suas escolhas alimentares foram ecléticas:
– Ian, você vai comer só batata? Não vai comer franguinho? – perguntou o irmão.
– Não, Theo. É que hoje eu virei herbívoro.
– Você sempre vira herbívoro no dia da batata frita, né, Ian?
– É, Theo. Você sabe que eu gosto de ser herbívoro.
– E no dia que tiver lula fritinha?
– Aí eu viro carnívoro. Qual o problema?

E esperando o Pokemon Go carregar… de repente, ele deu um berro:

– OLHA PAI! Tem o meu nome aqui embaixo do balãozinho! Ele sabe que sou eu!

 

Ian passou por uma fase em que falava “Nossa!” para tudo. Um dia, seu pai chegou em casa depois de 12 horas na rua e o pequeno não teve piedade:
– NOSSA, pai!
– Que foi?
– Como você tá fedido!

Na escola, esteve empenhado nos desenhos:
– O que você fez hoje, filho?
– Foi muito legal, cada pessoa podia pintar o que quiser. A minha amiga Diana pintou uma flor!
– E você, Ian?
– Eu pintei uma pessoinha que sonhou que estava dentro do redemoinho de um furacão!

Com 3 anos e 9 meses, voltou do supermercado explicando:
– Oi mãe, olha, eu compLei só tLêis goLoLobas, tá?

Também conversou com o irmão sobre uma música da Marisa Monte:
– Eu não ‘lembo’ a música que a gente está aprendendo para a mamãe, Theo…
– Não é aquela do “Amor Alô Viu?”

 

Também refletiu sobre as relações parentais:
– Pai, vamos brincar de família lobo? Eu sou o filhinho lobo e você é a mamãe lobo.
– Mamãe?
(Ele pensa, diplomático)
– É que lobo não precisa muito de pai, né?

E sobre a organização alimentar:
– Pai, o jantar é um tipo de almoço, não é?

Um dia deixou uma pilha de brinquedos jogados no chão e seu pai perguntou:
– Quem fez essa bagunça?
– Fui eu.
– E quem vai arrumar?
– Pode ser você?

No processo de desfraldamento, anunciou:
– Pai, acho que escapou um xixi…
– Deixa eu ver… é filho, escapou muito.
– Por que escapou xixi?
– É porque você não tá prestando atenção no seu corpo?
(ele pensa)
– Tô sim, pai. Meu corpo tá cheio de xixi.

Com 2 anos e 9 meses, assistiu um jogo de futebol na TV. Seu irmão, Theo, ficou tagarelando ele se esforçou para entrar na conversa, sem muito sucesso. Até que… Theo perguntou:
– Mas o jogo é aqui no clube?
– Não, esse é no estádio do Sport – respondeu o pai, que ainda ía explicar onde fica o estádio, mas foi interrompido pelo pequeno que declarou com muita ênfase:
– Nãããão, é no “estádios unidus”, né, “genti”?!

E, pra terminar, com 2 anos e 4 meses, o pequeno divertiu a família toda com novas pronúncias da Língua Portuguesa:

galinha preta com bolinhas brancas = Galinha Gangola
onde fazemos compras – Fimicado
onde comemos de vez em quando = Vistaulante
o que comemos depois do jantar = Fubimesa
o que não faz bem pra nossa saúde = Pucalía
para subir no nosso apartamento, a gente usa o… Vilador
o que protege os nossos pés = Satapo
objeto que ajuda a enxergar melhor = Lóculos
o que gostamos muito de ouvir aqui em casa = Múcasa
quando estamos cansados, a gente pode… Vilaxá
e podemos deitar na… Alfumada
a mamãe precisa sair pra… Pataiá
antes de ser adulto a gente é… Quilança

Paternos

Theo, com 4 anos e 7 meses, durante o café da manhã:

– Sabe, tem gente que é tio e tem gente que é pai.
– É, tem gente que não tem filho, tem gente que tem sobrinho, mas também tem tio que depois de ser tio tem filho e vira pai também – complica sua mãe.
– Mas tem gente que nasceu pra ser tio e tem gente que nasceu pra ser pai. Eu nasci pra ser pai.
(e ponto final! :))

Luca, com 5 anos e 8 meses, viajando com a família:

– O que você quer ser quando crescer, Luca? Piloto? – pergunta sua avó.
– Eu quero ser pai – responde o outro paterninho.

Táxi!

O Jayden, com 4 anos, costumava ver as pessoas chegando de carro em seu condomínio. Certa vez, ele foi recepcionar a jornalista Ana Paula, que faria uma matéria com ele e a irmã, e achou muito estranho não ver carro nenhum.
– Você ANDOU até aqui? – perguntou intrigado.
– Não, eu peguei um táxi. – explicou Ana.
Mas ele precisou entender melhor, e então, completou:
– Táxi é aquele carro que leva as pessoas, tipo um… táxi, né?
OBS: outras ótimas histórias da Ana Paula, podem ser lidas no link: http://vemprobahrainvocetambem.wordpress.com/2010/12/01/crianca-diz-cada-uma/