Reflexões matinais

Theo, com 5 anos e meio, ainda na cama com suas reflexões matinais e conversando com a mãe cheia de sono:
– Mãe, pra que servem os números? Pra contar as coisas?
– Sim.
– E pra que servem as tintas? Pra pintar as coisas?
– Sim.
– E pra que servem as letras? Pra escrever as coisas?
– Siiim…
(Falando e rindo sozinho) – Ai, ai, ai… Quanta coisa cabe na minha cabeça!

Depois do café da manhã, ele foi ver uma semente que achou na floresta e plantou com o pai:
– Nossa! Nasceu um galho! Bem grande!
– É grande mesmo e cresceu muito rápido! Acho que essa semente é de uma planta igual ao pé de feijão mágico e vai chegar na casa do gigante, hein, Theo?
– Ahhh, mãe, isso não existe… mas existe que é semente mágica, isso sim!

feijao

Pais e filhos… e irmãos… e mães…

Theo, com 3 anos, conversando com o pai na hora de dormir:
 

– Pai, quantos “irmões” você tem?
– Três, filho.
– É “muitos irmões”, né pai?
– Não, é bom ter irmãos.
(silêncio, o pai ainda na esperança que ele adormeça…)
– E quantos filhos você tem?
– Dois, você e o Ian.
– Não é muito dois filhos, né, pai?
– Por enquanto está bom, Theo. Dorme.
(mais silêncio)
– Pai… e por que você só tem uma mulher? Não quer ter duas também?




E alguns meses depois, logo ao acordar:

– Pai, o Ian é bebezinho, né?
– É, filho. Mas ele tá crescendo, né?
– É, ele era mais bebezinho pequenininho. Agora ele meninou um pouco.

Novos doces

No Natal, Theo (ainda com 4 anos e 5 meses) comeu muitos doces e também tomou Sol:
Na beira da piscina:
– Mãe, eu comi aquele doce que a Monique colocou na churrasqueira!
– Qual?
– Aquele branquinho, o Marchinelo!
– Nossa, como a Giovanna tá branquinha, né, Theo? – observa sua tia.
– Por que ela tá tão branquinha? – quis saber Theo.
– Ah, acho que é porque ela toma muito leitinho…
– Ah…
(pausa reflexiva)
– E você, tia Fátima, você tá bem pretinha, então você toma leite com Mescau?

Na hora do jantar, cheio de frescura:

– Mãe, não coloca comida no meu prato, não. Você deu aquele doce pro Ian e agora sua mão tá com esse cheiro bananesco, eca!

Diversas da Lina 2

Lina, com 3 anos, um pouco brava com alguns alimentos:


– Papai, esta laranja é ogânica! Você gosta?
 

– Sim, e você?
 

– Eu não sou ogânica!


Com soninho, argumentando com sua mãe:

– Lina, tenta dormir sem chupar dedo, você sabe que não é bom pra você…

– Só mais um pouquinho, mamãe, até acabar!

E brincando com um amiguinho, sem medo das coisas da vida:

– Vamos brincar de morrer? – propõe Lina
– Mas antes eu preciso trabalhar. – explica o amigo
 
– Mas eu vou morrer!
 
– Tá bom.

Desafios da vida

Jéssica, que já passou um pouquinho dos trinta anos, teve um diálogo bem interessante com uma das crianças de seis anos do Instituto onde trabalha:

– Oi! Tudo bom? Meu nome é Jéssica e eu sou psicóloga.

– Oi! Tudo bem.

– Você sabe o que uma psicóloga faz?

– Não…

– Eu ajudo as pessoas. Posso ajudar a resolver problemas, por exemplo. Você tem algum?

– Sim! Eu não consigo passar de fase no meu jogo… Você me ajuda?

Dentes permanentes

Theo C. já é um rapaz, mas quando tinha 5 anos e pouco, quis saber:

– Mãe, depois que cai o dente, aí nascem os dentes permissivos, né?

Sua irmã, Lia, logo mais fará 6 anos. Ela acabou de perder seu primeiro dentinho e curiosamente também observou:

– Mãe, agora vai nascer o meu dente persistente, né?