Artur, com 4 anos e pouco, voltando da “balada”.
– Ahã. Tinha um escorregador e outras coisas do gênio.
Artur, com 4 anos e pouco, voltando da “balada”.
Marina é a filha caçula de três irmãos. Certa vez, quando ela tinha uns quatro anos e a família toda se arrumava para fazer uma visita, sua mãe pediu:
Theo, 3 anos e 10 meses, tagarelando sobre planetas e satélites e olhando a Lua Cheia com a mamãe:
– Olha um planeta!
– Parece planeta, né? Mas é a Lua, filho.
– Mas ela tá assim redonda, que nem um planeta, é um planeta! A Lua é assim com um risquinho (desenha uma Lua Crescente com a mãozinha).
– A Lua tem várias fases, Theo: essa do risquinho é a Lua Crescente, essa redonda é a Cheia…
– Ah, sei, e também a Lua Linguante, né?
Benjamim, com quatro anos e pouco, em um momento de espanto:
– Vixi Maria…cheia de graça!
E cantando animado:
– Como pode o peixe vivo viver fora da BACIA!
No carro com sua mãe, Helena, com 5 anos, escuta no rádio uma música com a palavra “novela”.
– Olha, novela! – diz Helena, empolgada.
– É, novela… – responde sua mãe intrigada. E, querendo entender melhor, pergunta:
– Mas, Lelê, você sabe o que é novela?
E Helena responde muito apropriada do assunto:
– Sei, é um tipo de lã.
Theo, com 3 anos e meio, desvendando a medicina alternativa…
– Theo, vem tomar a homeopatia! – chama o pai.
– Não, eu não vou tomar “oSEUpatia”, eu vou tomar “oMEUpatia”… (pausa reflexiva)… Ô pai, o que é patia? “É” bolinhas?
Rodrigo, com 3 anos e meio, ouviu os tios conversando e começou a repetir dois palavrões: “Talaio” e “Biado”. Mesmo com a família ignorando, tentando mudar o foco, ele ficou por vários dias repetindo em diferentes situações:
– Talaio! Biado! Talaio! Biado!
Tempos depois, sua mãe teve uma ideia e resolveu recorrer a um livro de animais para chamar a atenção de Rodrigo. Folheando as páginas, ela explicou:
– Olha, filho, sabe aquela palavra que você gostou? Tá aqui, ó: ve-a-do, é esse bichinho aqui, viu?
E Rodrigo, bastante interessado, completou:
– Vi, legal, e cadê o Talaio?
– Não, filha, por quê?
– Porque seria melhor, né, para os tubarões não comerem os peixes.